A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, por meio da Diretoria de Gestão de Pessoas, promoveu nesta segunda-feira (30) uma roda de conversa sobre o Setembro Amarelo, campanha realizada anualmente neste mês para debater o suicídio e a saúde mental. O evento foi realizado após o setor promover uma ampla pesquisa com servidores da Casa, que apontaram alguns dos problemas enfrentados por eles diariamente.
“Esse debate já é praxe na Assembleia. É um mês dedicado a este tema e estamos com a ajuda de profissionais especializados para tratar da temática da forma mais adequada, sempre buscando contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos profissionais que se dedicam ao Legislativo”, disse Thiago Cortez, diretor de Gestão de Pessoas da ALRN.
A pesquisa realizada tratou de temas como ansiedade, tristeza, sintomas depressivos, qualidade do sono e relação com apostas ou jogos na internet. Os números chamaram a atenção dos profissionais de saúde da Casa. O levantamento foi realizado por meio da Coordenadoria de Saúde e Segurança do Trabalho, dentro do Núcleo de Qualidade de Vida.
“O suicídio é uma questão de saúde pública e nosso objetivo é desmistificar esse tema, tratar dos fatores de risco e da prevenção, abordar o assunto de forma respeitosa e oferecer ao servidor propriedade para que possa acolher aqueles que precisam de atenção”, disse Bárbara Rocha, psicóloga, servidora da ALRN e uma das participantes da roda de conversa.
Rafael Figueiro, também psicólogo e um dos debatedores do evento, destacou a importância da pesquisa realizada pela Assembleia. A iniciativa permitiu que os servidores pudessem revelar dificuldades ou sentimentos, garantindo o anonimato e a possibilidade da Casa buscar contribuir com melhorias. “Esse é um problema que afeta muitas pessoas, que causa prejuízos financeiros e estruturais, problemas pessoais, familiares”, disse Rafael.
Quem também participou da roda de conversa foi o médico Stone Sam, servidor efetivo da ALRN. O especialista destacou a importância de repassar aos servidores orientações sobre como proceder de forma adequada para acolher as pessoas com sintomas como depressão ou tristeza.
O Setembro Amarelo foi instituído em 2013 pela Associação Brasileira de Psiquiatria. Em 2024, o lema foi “Se precisar, peça ajuda!”. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde - OMS, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama - ou guerras e homicídios.
Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde divulgado pelo Ministério da Saúde em setembro de 2022, entre 2016 e 2021 houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos, e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos.
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