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Foto do escritorAldemar Almeida

Caravana Espacial da UFRN completa 30 missões encantando jovens com Astronomia e Astronáutica

Fotos: Acervo do Grupo


A 28ª missão do projeto ocorreu em Raposa, no Maranhão.


O projeto de extensão Caravana Espacial completou a meta de realizar 30 missões em 30 diferentes municípios do Nordeste Brasileiro. As três últimas cidades visitadas estão localizadas no estado do Maranhão, são elas: Raposa, Pinheiro e Peri Mirim. A equipe ainda retornou à cidade de Alcântara (onde já esteve, no ano passado) para uma missão especial: Caminho das Estrelas!.

A Caravana é composta por professores, estudantes e profissionais da UFRN. Nos dois anos de financiamento, a partir da Chamada 36/2022 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o projeto esteve em cerca de 40 escolas, atendeu mais de 30 municípios e impactou milhares de pessoas distribuídas pelos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Ceará e Maranhão. Além de tantas outras que de alguma forma foram tocadas pela sementinha da curiosidade sobre temas que envolvem o espaço e as tecnologias desenvolvidas pelo homem na busca de sua compreensão.


O projeto construiu um acervo de equipamentos didáticos, materiais para divulgação científica sobre astronáutica, astronomia e física, com acessibilidade e inclusão. Além de uma bagagem simbólica repleta de relatos de pessoas sensibilizadas pelas ações, assim como fotos e vídeos, publicados no site do programa e no perfil do Instagram @caravanaespacial.

Estudantes puderam vivenciar conteúdos pouco explorados nas escolas, muitas vezes pela falta dos instrumentos necessários para promover a prática. Sandra Nogueira, diretora da Escola Municipal São Benedito, situada no povoado de Três Marias, em Peri Mirim/MA, a 95km da capital do estado, explica que, mesmo em condições difíceis, como uma sala apertada e quente, “nunca tinha visto nossos alunos tão interessados em alguma coisa como eles estão agora”.


A diretora já esperava que o evento chamasse a atenção dos alunos porque eles se interessaram pelo assunto, quando a escola participou da Mostra Brasileira de Foguetes. Mas ainda assim, “superou todas as minhas expectativas”, disse entusiasmada. A busca pelo conhecimento científico aeroespacial é o principal foco do projeto, que se propõe a despertar vocações para carreiras nessas áreas. 


Welsenhausen Garcia, diretor pedagógico do Instituto de Educação de Pinheiro, no Maranhão, ficou grato pelo local onde trabalha ter sido escolhido pelo projeto. A escola funciona em tempo integral e os alunos estudam conteúdos diversos, “mas eles não tinham, até então, contato direto com essas experiências”, explica.


Flávia Marques, gestora de uma escola no município de Raposa/MA, acredita que a proposta pedagógica não tradicional agrega conhecimento para os estudantes. “Sai da sala de aula e vai para a prática, ver a física de uma outra forma, e a gente tem certeza que isso desperta curiosidade neles”, afirma.

Para Raíssa Costa, estudante da 1ª série do Ensino Médio, o projeto estimula o interesse em “pesquisar e nos aprofundar mais nesse assunto, e acredito que para alguns alunos seja uma oportunidade única e marcante”. 

Raul Pichinelli, 13 anos, do oitavo ano do Ensino Fundamental da Escola Caminho das Estrelas, em Alcântara/MA, acredita que é importante mostrar esse tipo de conteúdo por causa da tecnologia em si e também para que as pessoas saibam que podem alcançar o que elas querem. Ele afirma que agora está sabendo que as pessoas não são limitadas a algo, “a gente pensa que porque mora no Brasil não vai conseguir chegar, como a gente vê nos filmes, na NASA, esse tipo de coisa, mas não”. Segundo o adolescente, “se a gente for inteligente e lutar, a gente consegue”.


Os coordenadores do projeto definem as Caravanas Espaciais como “sonhos que sonhamos juntos”. Eles acreditam que o projeto tem conseguido alcançar o objetivo de aproximar a academia (cientistas, pesquisadores, alunos e professores) das comunidades em geral, fazendo com que a astronomia e a astronáutica se tornem próximas de todos. Além disso, a ação fez com que as pessoas dos rincões do sertão, que já desfrutam de céus estrelados, soubessem mais acerca das constelações, do programa espacial brasileiro, e dos centros de lançamento de foguetes no Nordeste. “Agora vamos esperar essas sementinhas lançadas germinarem… O próximo grande cientista aeroespacial do Brasil pode ser hoje um garotinho ou garotinha que vivenciou um dia de ‘missão espacial’ da Caravana”, afirmam.


Uma das atividades oferecidas em Alcântara foram as sessões de planetário


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