Base de Faces de Logradouros é utilizada para planejamento e realização de pesquisas domiciliares, mas também pode auxiliar prefeituras
Na foto, uma das vias mais importantes da Capital, em Brasília; o Eixo Monumental | Reprodução José Cruz/Agência Brasil
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira (7), a atualização da Base de Faces de Logradouros, utilizada pelo Censo 2022 para planejar e realizar pesquisas domiciliares. A nova versão apresenta aumento de 31% nas linhas que compõem a base em relação ao Censo 2010, chegando a mais de 13 milhões (13.854.931) de ruas e avenidas representadas.
Esse levantamento do IBGE aglutina dados geoespaciais das linhas que representam graficamente arruamentos das áreas urbanizadas e de aglomerados rurais presentes em todo território brasileiro. A comparação (de um censo demográfico a outro) permite estipular, por exemplo, a expansão das áreas com presença de loteamento residencial.
Significa: frente a 2010, o país tem 3,2 milhões de logradouros a mais. Em 2010, eram 9,5 milhões.
"A Base de Faces é totalmente atualizada a cada Censo Demográfico e, entre os Censos, passa por um processo contínuo e acumulativo de atualizações, que são direcionadas, principalmente, de acordo com o avanço das pesquisas da Instituição. O processo de atualização contempla a análise, em gabinete, de imagens orbitais e aéreas de alta resolução espacial e de campanhas específicas, em campo, executadas por equipes das Superintendências Estaduais do IBGE", explica o instituto.
Utilidade: com a base de dados, o mapeamento atualizado permite que prefeituras possam entender com mais facilidade suas rotas possíveis em planejamentos estratégicos. Um exemplo: escoamento de produção e/ou em situações de tragédia, como ocorrido no Rio Grande do Sul neste ano, com chuvas e enchentes. Essas informações podem ser usadas por representantes do poder público e empresas de logística, na confecção de rotas de mapas pela internet.
Com esta divulgação, o instituto pretende estimular a atualização de cadastros e registros, permitindo não só a realização de comparações, como também eventuais correções e possíveis incorporações de dados de outras fontes”, explica o coordenador de Estruturas Territoriais do IBGE, Roberto Tavares.
O trabalho, ainda em fase "preliminar", como informado pelo IBGE, expõe sobretudo a hiper-concentração habitacional em regiões costeiras, sobretudo nos estados do Sudeste. No mapa, somente São Paulo e Espírito Santo possuem a totalidade de suas vias mapeadas.
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